Sociologia no Brasil

Sociologia no Brasil

A sociologia no Brasil começou a se desenvolver como ciência no século XIX a partir de estudos sobre os conflitos entre classes sociais. Os estudiosos da área dividem o desenvolvimento da sociologia no Brasil em quatro períodos:

1 – Do final do século XIX até a década de 1930 – Fase de elaboração da sociologia brasileira;
2 – De 1930 a 1945 – Início da institucionalização da sociologia brasileira;
3 – A partir de 1945 – Período da consolidação da sociologia brasileira;
4 – Depois de 1950 – Pleno desenvolvimento da ciência, com aprofundamento dos temas.

A sociologia no Brasil começou com o chamado “período dos pensadores sociais”, que sofria grande influência do pensamento sociológico europeu e americano. Essa fase foi marcada por características do pensamento iluminista, o positivismo e o evolucionismo.

Nessa primeira fase também são realizados estudos sobre a antropologia física e cultural no Brasil. Nina Rodrigues e Roquette Pinto realizaram estudos antropológicos desse tipo com os negros de Salvador e com os índios.

Outros importantes sociólogos desse período foram Fernando de Azevedo (1884-1974) e Florestan Fernandes. Nesse tempo, os temas conexão entre o Direito e a Sociologia, Literatura, condições sociais, Estado e organização social eram frequentes nos estudos sociológicos.

A segunda fase da sociologia brasileira começou já no século XX, com o desenvolvimento de uma análise histórico-geográfica do país e a intervenção racional no processo social.

Na década de 1920 a sociologia passou a ser ministrada nas escolas normais.

Nesta fase, as ideias sociológicas passaram a discutir problemas sociais, como urbanização, migração, analfabetismo e pobreza.

No período seguinte, o da institucionalização da sociologia no Brasil, houve o fortalecimento da “sociologia científica”, baseada no paradigma estrutural-funcionalista.

Em 1930 o país ganhou a Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. Nessa época, o país recebeu sociólogos como Jacques Lambert e Levi-Strauss.

Caio Prado Júnior e Gilberto Freyre foram os nomes de destaque no país nesse período.

A consolidação da ciência no país começou durante a redemocratização, com a renúncia de Getúlio Vargas. Em 1954, a Universidade de São Paulo passou a contar com um grupo de sociologia que era liderado pelo sociólogo Florestan Fernandes.

Nesse momento, as relações raciais e a industrialização se tornaram os temas mais recorrentes dos estudos no Brasil.

A quarta fase da sociologia brasileira aconteceu durante o pleno desenvolvimento da industrialização e depois do Golpe Militar de 1964.

Entre 1960 e 1970 os temas contemporâneos dominaram a pauta, entre eles o modelo econômico excludente e autoritário, os movimentos urbanos e rurais, o novo modelo sindical e a questão política.

A partir dessa fase, sociólogos como Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni e Renato Moreira Jardim ganharam notoriedade.

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